Vários motoristas do Sistema de Transportes Coletivos de São Luís relataram ao Blog o que vêm sofrendo nas mãos dos empresários de ônibus. Relataram práticas de crimes de assédio moral, regime de escravidão, coações e outros atos atentatórios à dignidade dos trabalhadores e a seus direitos trabalhistas.
O próprio Sindicato dos Rodoviários e a SMTT, associados que são dos empresários de ônibus, não movem uma palha para conter os crimes contra a categoria dos rodoviários.
Para atrapalhar as investigações do MPT, o Blog omitiu nesta postagem o nome das empresas que estão cometenda esses crimes contra os motoristas |
O Blog encaminhou as denúncias ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e ao Ministério do Trabalho e Emprego (Mte), em Brasília. E acompanhará as providências a sem tomadas.
De uma das empresas do Sistema de Transportes Coletivos de São Luís foram relatadas 11 práticas criminosas, confira:
1 - Registros nas CTPS só 4 ou 5 meses após a contratação sem retroação;
2 - São obrigados a FÉRIAS TRABALHADAS para receberem depois;
3 - São obrigados a cumprirem meta de transportar cada um, pelo menos 300 passageiros por dia, sob pena de seus nomes irem para um banco de dados do sindicato das empresas, sujando o nome do trabalhador no mercado;
4 - Ao serem admitidos os empregados ficam de 4 a 5 meses sem direito ao Ticket Alimentação e sem assinatura da CTPS, como se estivessem sem vínculo;
5 - Horas dobradas não são pagas;
6 - Quem trabalha dois turnos só recebe um;
7 - O 13º salário é pago em várias parcelas;
8 - Prática criminosa de descontar supostas peças quebradas no veículo em dia anterior. Se o motorista questionar é dito que ele está criando problema ou não quer mais trabalhar na empresa;
9 - A concessão de Tickets de Alimentação é condicionada a filiação do motorista ao Sindicato dos Rodoviários;
10 - São obrigados a comprarem seus fardamentos da empresa;
11 - Há constantes descontos sem explicação nos contra-cheque dos motoristas.
Muitas das práticas relatadas são costumeiras Sistema de Transportes Coletivos de São Luís. Agem como se não tivesse órgãos de fiscalização e proteção do trabalhador.
De fato nenhuma fiscalização há. Esses profissionais só aguentam tamanhas injustiças em razão da extrema necessidade de sobrevivência por que passam pela falta de empregos dignos no mercado.
O Sindicato dos Rodoviários que deveria socorre-los, estão é em esquemas com os empresários. Inclusive, foram capazes de fazer acordo com os empresários de ônibus para retirar todos os cobradores dos ônibus de São Luís.