Juiz que mandou prender Garotinho é acusado de sacar arma e apontar para cabeça de empresário

Um empresário de Vila Velha acusa um juiz criminal do Rio de Janeiro de ter sacado e apontado um pistola para sua cabeça no meio de uma das pistas de dança do Multiplace Mais, em Meaípe, Guarapari. A confusão ocorreu em 2009, após um show da banda Skank. Alex Pimentel estava com uma namorada que teria sido importunada pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira.

 Dr. Glaucenir Oliveira. O 'mão de ferro'
O empresário afirma que o juiz assumiu uma atitude agressiva diante de sua aproximação, sacando da cintura uma pistola. Na confusão, o empresário foi imobilizado pela segurança e seria levado para fora, caso não fosse reconhecido. Ele é dono de um estacionamento e de uma sorveteria próximos da casa de shows.

O empresário contou que pediu para que os seguranças não deixassem o juiz sair da boate e chamou a polícia.

- Ele (o juiz) não alegou nada. Só determinou que os seguranças me levassem forçado para o lado de fora - disse.

Junto com testemunhas, ambos prestaram depoimento no DPJ de Guarapari e foram liberados no início da tarde.

O juiz nega as acusações, porém confirma que estava armado. Ao entrar, ele comunicou a segurança da casa que portava uma pistola. O mesmo fez um de seus amigos, um médico perito legista que atua no Rio. A segurança da casa confirmou a informação. Ao deixar apressadamente a delegacia, o juiz Glaucenir de Oliveira evitou declarações detalhadas, porém garantiu que a acusação do empresário é descabida.

Em depoimento, ele relatou que sofreu um esbarrão seguido de uma cotovelada e que, ao se voltar, segurou a pistola sem chegar a tirá-la do coldre. Ele teria feito o movimento por reflexo. Juiz criminal no município fluminense de Campos, Oliveira declarou à Polícia Civil que costuma andar armado e acompanhado de amigos que atuam como seus seguranças. Seria um cuidado, pois já teria sofrido ameaças de criminosos.

Por determinação do delegado de plantão no DPJ de Guarapari, Leandro Barbosa, o inquérito vai seguir em segredo de Justiça. Ambas as parte pretendem apresentar novas testemunhas. 

De calibre 380, a pistola não foi apreendida, pois o juiz possui porte de arma e prerrogativa de foro. Pimentel, que se coloca como vítima no episódio, pretende mover uma ação contra Oliveira por abuso de autoridade

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