TODO PODER EMANA DO POVO

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terça-feira, 11 de julho de 2017

REPORTAGEM: A minha família teve uma escrava

Por ALEX TIZON para https://www.publico.pt

Eudocia Tomas Pulido foi levada das Filipinas para os Estados Unidos na década de 1950 para servir os Tizon. Ao longo de 56 anos fez o papel de mãe, pai, irmã. Sobretudo de criada. Nunca recebeu um tostão. Alex Tizon, jornalista premiado, escreveu a história de Lola, que é também a sua.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Delegado declara: "Quem manda é o Temer, esse bandido! É um lixo de governo! Quadrilha organizada!"

Para evitar que Temer sente no banco dos réus no STF, a base governista remanejou na última semana nada menos que 20 dos membros da CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (que tem 66 titulares e 66 suplentes) que avalia a denúncia de corrupção passiva que pesa sobre o presidente da República.

O PR foi incumbido de trocar os deputados Delegado Waldir (GO), Jorginho Mello (SC), Marcelo Delaroli (RJ) e Paulo Freire (SP) pelos os deputados "vendidos" Bilac Pinto (MG), Laerte Bessa (DF), Magda Mofatto (GO) e Milton Monti (SP).

O deputado Delegado Waldir revoltou-se e disparou contra o partido, contra o governo e contra o próprio Michel Temer. Sacado da comissão que integrava havia dois anos, gritava chamando o partido de "vendido" e "cambada de bandido""Este governo é bandido, é covarde", bradou. "Cambada de bandido! Está tudo grudado no saco do governo! Quem manda é o Temer, esse bandido! É um lixo de governo! Quadrilha organizada!", vociferou.

"Esta estratégia do governo de fazer com que parlamentares rastejem por sua permanência nesta comissão em troca de emendas e cargos vai ser vista pelo eleitor. Fui tirado de forma humilhante. Queria dizer que a organização criminosa que está no Planalto não vai se sustentar, vai cair."

O deputado Major Olímpio (SP) que já havia reclamado no final de junho por ter sido tratado como "corno", o "último a saber", quando removido do posto de titular da CCJ por sua legenda, o Solidariedade, deu apoio ao colega deputado.

"É a primeira vez que temos um presidente criminoso para ser apreciado", afirmou Olímpio, bradando que os postos na CCJ foram "comercializados criminosamente".

"É uma vergonha para esta Casa", afirmou. Foi vaiado pelos governistas. "Quem está vaiando está recebendo para vaiar, tem carguinho para vaiar", rebateu.

PLACAR
Pelos cálculos da oposição, antes das trocas, o governo perderia por 32 a 30. Agora, depois de todas as mudanças, os adversários do governo dizem que Temer consegue vencer por 38 a 28.

A oposição pediu a anulação das trocas, mas o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), disse que elas são permitidas pelo regimento.

As manobras na CCJ mostram que o governo será alvo de grande infidelidade na votação da denúncia no plenário da Casa. 

Para que o Supremo Tribunal Federal seja autorizado a analisar a denúncia, é preciso nessa votação do apoio de pelo menos 342 dos 513 deputados. Assista como será o rito da denúncia: Assista ao vídeo

Fonte: site da Folha de São Paulo

AMAI

terça-feira, 4 de julho de 2017

Assessores de comunicação do TJ e CGJ participam do Conbrascom 2017

Com o tema: “Gestão da Comunicação, da rotina operacional à dimensão estratégica”, o Fórum Nacional de Comunicação e Justiça (FNCJ) realizou no período de 28 a 30 de junho, na cidade de Maceió, o XXIII Congresso Brasileiro de Assessores de Comunicação da Justiça (Conbrascom 2017). O evento reuniu mais de 200 profissionais de comunicação de todo país.

As autoridades presentes, composta de presidentes de tribunais e até representantes do executivo, ressaltaram a importância do evento e das produções geradas pelas assessorias de comunicação do Poder Judiciário. “É importante que a Justiça, a Defensoria Pública e o Ministério Público sejam instituições dotadas desses mecanismos de comunicação. Vivemos uma fase em que a comunicação é indispensável, a sociedade precisa saber como o Judiciário, Ministério Público age, saber a importância da Defensoria Pública e principalmente em um país em que temos necessidade de informação”, ressaltou o presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão, desembargador James Magno Farias, que além de magistrado é jornalista.

Marcio Rodrigo, assessor de comunicação da CGJ-MA com o repórter
da TV Globo, Vladimir Netto, que abordou o tema: 'o uso das redes
sociais  e o pronunciamento das fontes na operação Lava Jato'. Ele é
autor do livro “Lava Jato – O juiz Sérgio Moro e os bastidores
da operação que abalou o Brasil".
Uma comitiva de assessores de comunicação do Tribunal de Justiça do Maranhão esteve presente no evento. Para Márcio Rodrigo, assessor de comunicação da Corregedoria da Justiça do Maranhão, o congresso é uma oportunidade anual de se renovar os conhecimentos na área, trocar informações, dentre outras formas de aprendizado. “Ineditamente o Maranhão foi representado por uma delegação de 15 assessores de órgãos ligados ao sistema de Justiça, o que demonstra um avanço no reconhecimento da importância estratégica das assessorias no cenário atual”, ressaltou.

Segundo o assessor, o terceiro lugar obtido pela Assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça do Maranhão, na categoria Inovação, foi o primeiro passo de muitos trabalhos que surgirão nas próximas edições do evento. “Os colegas do TJMA estão de parabéns por representar tão bem o nosso Estado, o que nos serve de inspiração para também inscrever trabalhos no XIV Conbrascom”, finalizou.

Trabalhos desenvolvidos no âmbito das assessorias de comunicação concorreram ao XV Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça. O prêmio reconhece os melhores trabalhos realizados pelas assessorias de comunicação de todos os órgãos ligados à Justiça do país. Ao todo, são 14 categorias. A Comissão Julgadora é formada por 27 profissionais de diferentes áreas da Comunicação e de diversas regiões do Brasil. Os finalistas, também, ao “Grande Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça”, concedido ao trabalho melhor avaliado, em processo de julgamento que reúne notas do júri técnico e do júri popular.
O Maranhão concorreu em duas categorias: Inovação e Artigo Acadêmico. Na categoria Inovação o Projeto Juridiquês do TJMA sagrou-se finalista. Na categoria Artigo acadêmico, os escolhidos foram os artigos de Hugo Cardim Pinheiro (Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região) e o de Luiz Fernando de Souza Coelho (Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão).
O resultado final conferiu dois prêmios ao Maranhão:
- Inovação
1º Lugar – Projeto: Justina – “a vida de uma trabalhadora como você”
Instituição: Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região
2º Lugar – Projeto: Campanha “Juiz de Direito: Cidadão e Servidor”
Instituição: Associação Alagoana de Magistrados – ALMAGIS
3º Lugar – Projeto: Juridiquês
Instituição: Tribunal de Justiça do Maranhão

Artigo Acadêmico
1º Lugar – Autor: Hugo Cardim Pinheiro
Instituição: Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região
2º Lugar – Autor: Luiz Fernando De Souza Coelho
Instituição: Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão


Assista os vídeos dos cases finalistas do XV Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça, disponíveis no Youtube do FNCJ
13 - Relacionamento com a mídia

12 - Inovação

11 - Vídeo Institucional

10 - Comunicação de Interesse Público

09 - Comunicação Interna

08 - Programas de TV

07 - Reportagem de TV

06 - Reportagem Escrita

05 - Fotografia

04 - Publicação Especial

03 - Mídia Radiofônica

02 - Mídia Digital

01 - Mídia Impressa

Pastores da Igreja Assembléia fraudam eleições, desacatam a Justiça e se engalfinham pela mina de ouro chamada CGADB

Pastores da Assembléia de Deus estão jogando na lama uma igreja que era referência para qualquer crente e a jogaram na lama, no Banco dos Réus. Para saber mais ... aqui.

Com uma membresia conivente, que serve de massa de manobra para líderes pastores sujos com a política e negócios escusos, as Assembleias de Deus no Brasil virou caso de polícia e de Justiça. O objeto de disputa pelo poder chama-se CGADB. Agora você vai entender o porque dessa disputa.

O QUE É A CGADB?

A CGADB é a Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil. comanda 12.314.408 membros. É uma mina de dinheiro, negócios e poder político. Veja só:

1 - A CGADB é proprietária da Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD. Só com revistas da escola dominical arrecada mais R$ 350 milhões por ano. Com outras publicações beira os R$ 600 milhões por ano. Fora a prestação de serviços gráficos por fora. Além de bilhões de reais com dízimos e ofertas.

2 - A CGADB também é dona da Faculdade Evangélica de Tecnologia, Ciências e Biotecnologia - FAECAD, que oferece os seguintes curso em nível superior: Administração, Comércio Exterior, Marketing, Teologia e Direito. 

3 - A CGADB comanda no Poder Legislativo, 24 deputados federais, 52 deputados estaduais e mais de 1000 vereadores, que são membros das Assembleias de Deus e a representam institucionalmente junto aos poderes públicos nos assuntos de interesse da denominação, supervisionados pelo Conselho Político Nacional das Assembleias de Deus no Brasil, com sede em Brasília, DF, que coordena todo o processo político da CGADB. 

Assim tem se comportado os líderes das Assembleias de Deus na luta pelo poder carnal. Se os irmãos lessem a Bíblia e deixassem esses hipócritas de lado, estariam mais próximos de Deus. Basta ler a Bíblia Sagrada - Mateus 23:13-15:

"Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês fecham o Reino dos céus diante dos homens! Vocês mesmos não entram, nem deixam entrar aqueles que gostariam de fazê-lo".

"Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas, porque percorrem terra e mar para fazer um convertido e, quando conseguem, vocês o tornam duas vezes mais filho do inferno do que vocês".

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Noções sobre a Metodologia APAC

Por Mirella Cezar Freitas*
Mirella Cezar Freitas é Juíza Titular da 2ª Vara  de Itapecuru
Mirim (responsável pela Execução Penal).

A Associação de Proteção e Assistência aos Condenados - APAC é uma entidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, que preconiza a recuperação do preso, a proteção da sociedade, o socorro às vítimas e a promoção da Justiça.

Tal iniciativa foi desenvolvida pelo advogado Mário Ottoboni há mais de 40 anos, na cidade de São José dos Campos-SP, com a finalidade de preparar o condenado para ser devolvido à sociedade em condições de conviver harmoniosamente e pacificamente em comunidade. Essa preparação tem fundamento no estudo, trabalho, disciplina e espiritualidade.

Na APAC, os recuperandos são também responsáveis pela sua ressocialização e têm todos os direitos assegurados pela Lei de Execução Penal, bem como todos os direitos estabelecidos nas regras mínimas da ONU. A segurança e a disciplina dentro do Centro de Reintegração Social-CRS são realizadas com a colaboração dos recuperandos (especialmente no Conselho de Sinceridade e Solidariedade, formado exclusivamente por recuperandos), tendo como suporte funcionários e voluntários. Nos CRS´s, não há a presença de policiais e agentes penitenciários, nem tampouco os inspetores de segurança usam armas de fogo, cacetetes, spray de pimenta, ou qualquer objeto similar.

A metodologia APAC é caracterizada pela aplicação de uma disciplina rígida, fundada em elementos concretos como: respeito, ordem, trabalho, capacitação profissional, estudo e envolvimento da família no processo de ressocialização do recuperando.

Para que essa ressocialização se concretize, imprescindível é a observância dos doze elementos fundamentais do Método Apac, a saber: participação da comunidade, recuperando ajudando recuperando, trabalho, espiritualidade, assistência jurídica, assistência à saúde, família, voluntários, CRS- Centro de Reintegração Social, mérito, jornada de libertação com Cristo e valorização humana.

Existem mais de 50 (cinquenta) CRS´s pelo Brasil e pelo mundo e o modelo Apaqueano foi reconhecido pelo Prison Fellowship International (PFI), organização não-governamental que atua como órgão consultivo da Organização das Nações Unidas (ONU) em assuntos penitenciários, como uma alternativa para humanizar a execução penal e o tratamento penitenciário.

Tudo isso porque é fato que o preso é um problema social que vai muito além da prisão. Costuma resultar de uma família sem estrutura, doente e fragmentada. É também o resultado de ausência de políticas públicas para educacao, moradia, saúde e trabalho. No que se refere a ausência de políticas públicas para o sistema de saúde, tem-se um dos maiores problemas que é o crescente número de dependentes químicos dentro das unidades prisionais.

Some-se a esses fatores o fato da sociedade ver a prisão como um espaço de vingança, fazendo valer a máxima comum de que "para a prisão, quanto pior, melhor".

A realidade demonstra que a sociedade precisa, o quanto antes, deixar de cometer o grave equívoco de acreditar que tão somente prender resolve o problema da violência, criminalidade ou impunidade. No Brasil, não há prisão perpétua ou pena de morte (salvo em caso de guerra declarada, como preconiza a CF/1988). Assim, após o cumprimento da pena, o preso, que foi abandonado, torturado e desumanizado no cárcere, retornará ao seio da sociedade cheio de sentimentos negativos e, muitas vezes, tomado por um desejo de vingança.

Não é incomum o preso para sobreviver, não sofrer ou para conseguir lidar com a situação de condenado, bloquear a realidade e buscar na justificativa um instrumento de defesa para seus crimes (exemplo: eu roubo, mas todo mundo rouba. Há políticos e governantes que até “roubam” muito mais).

Na APAC, o recuperando é protagonista de sua recuperação, pois, o método procura despertar os sentimentos de responsabilidade, de ajuda mútua, de solidariedade, de fraternidade e da importância de se viver em comunidade. Costuma ser dito que na APAC o recuperando não só tem que deixar de fazer o mal, mas começar a fazer o bem, primeiro dentro do CRS com os demais recuperandos, voluntários e funcionários e, depois, para a comunidade.

Nesse sentido, fica claro ao recuperando que suas histórias de dor e sofrimento podem explicar eventuais escolhas equivocadas, mas jamais, de forma alguma, poderão justificar seus crimes. Quando o recuperando entende isso, entra em um processo de conscientização e responsabilização dos erros e consolida valores e atitudes como arrependimento, reconciliação com as vítimas ou seus familiares e consequentemente libertação, primeiro espiritual e depois, propriamente dita.

O método apaqueano tem transformado os presos em recuperandos e, em seguida, em cidadãos, reduzindo a violência dentro e fora das unidades prisionais, conseqüentemente, diminuindo a criminalidade e oferecendo à sociedade um caminho à pacificação social.

Mas, apesar de todos os impactos positivos da aplicação do método apaqueano, outro aspecto merece destaque. O tratamento recebido pelos recuperandos dentro dos CRS's Brasil afora nada mais é do que o tratamento definido na Lei de Execução Penal, ou seja, a metodologia é um sucesso porque cumpre exatamente o que determina a Lei 7210 de 1984.

Assim, o objetivo de todo magistrado ao se engajar em um projeto deste jaez é materializar o que determina a Lei de Execução Penal, pois se a pena imposta ao sentenciado é privativa de liberdade, é isso que ela verdadeiramente será na APAC e não, privativa de dignidade e humanidade, como acontece de forma não rara no sistema comum.

Diante de tudo o que foi dito, não julgue sem conhecer. Procure o Centro de Reintegração Social da APAC mais próxima e tenha a experiência de ver homens transformados e decididos a fazer o bem e retribuir a sociedade a oportunidade de ressocialização que tiveram.





Integrantes do Judiciário e da diretoria da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados da Comarca de Bacabal fizeram uma visita à APAC de Pedreiras. A comitiva foi recebida pela juíza Ana Gabriela Everton, titular da 2a ...Ver mais




Durante visita à comarca de Pedreiras, no último dia 1º, a corregedora da Justiça, desembargadora Anildes Cruz, conheceu o trabalho de ressocialização desenvolvido pela Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) de Pedreiras, fundada em 2005, ...Ver mais




Durante visita realizada à comarca de Itapecuru-Mirim, nessa terça-feira (30), a corregedora-geral da Justiça, desembargadora Anildes Cruz, recebeu o certificado "Amiga da APAC", durante solenidade realizada no Centro de Reintegração Social da Associação de Proteção e Assistência ...


Na última quarta-feira, 19, estudantes do curso de Direito de uma faculdade particular de São Luís fizeram visita técnica à APAC – Associação de Proteção e Assistência aos Condenados de Itapecuru-Mirim. Coordenou a visita o professor Marcio ...


domingo, 2 de julho de 2017

QUEBRANDO MITO:Roupa preta não esquenta mais no calor


Faz calor. Muito calor. Como devo me vestir? Sem considerar as questões estéticas, a cor das roupas que você escolher pode ajudá-lo a se sentir mais fresco.

No entanto, ao contrário do que dizem o instinto e a sabedoria popular, branco não é necessariamente a melhor opção. De modo geral, a melhor opção, de acordo com a ciência, é usar roupas largas e pretas.


Transmissão de calor
"As pessoas acham que roupas brancas são melhores porque refletem a luz solar, enquanto as pretas a absorvem e a transformam em calor", diz Arturo Quirantes, professor da Universidade de Granada, na Espanha, e autor do blog científico El profe de Física (O professor de Física).


Mas essa noção não leva em conta um fator importante: o fato de que nosso corpo também gera calor.
"Nós emitimos energia térmica. Se usamos roupa branca, o calor que emitimos rebate contra o tecido e não consegue sair", diz o cientista.

"No entanto, se o tecido é preto, ele o absorve. E, se houver vento, ele leva o calor por convecção (processo de transmissão de calor em que a energia térmica se propaga através do transporte de matéria), que é um mecanismo eficiente para nos manter frescos."

Isso, acrescenta, é o que explica porque os beduínos, acostumados a viver sob o escaldante calor do deserto, têm o corpo todo coberto por uma manta preta.

"O elemento chave na roupa beduína é que, além de ser preta, ela fica solta. Isso faz com que sejam criadas as correntes de convecção, que permitem que o corpo expulse o calor de forma mais eficiente", explica o professor.

Quirantes refere-se a um estudo dos anos 1980 amplamente citado e publicado na revista científica Nature, em que pesquisadores analisaram como as roupas usadas por beduínos influenciavam sua temperatura corporal. O estudo contestou a ideia corrente de que roupas escuras provocam mais calor.


Variáveis
Mas é importante ressaltar que, se modificarmos alguns fatores, tais como a presença ou ausência de vento, ou se a roupa é larga ou justa, as coisas mudam. Se não houver vento e a pessoa for usar uma camisa apertada, o melhor, nesse caso, é a cor branca, para rebater o calor. E o vermelho, o verde, o amarelo ou o azul?


Na verdade, "falamos basicamente de preto e branco porque são os extremos" da escala, diz o professor de Física.

"Um objeto é branco porque reflete toda a luz que o atinge. O preto, em contraste, absorve tudo e não emite nada. No meio há toda uma gama de cores."

Quanto mais escura é a roupa, conclui, mais calor absorverá e refletirá menos. E, quanto mais clara, fará exatamente o contrário.